Escola Cívico Militar ‘Índia Vanuíre’ inicia aulas dia 28 de julho

Geral


20/05/2025 - Depois de muitos problemas e até mesmo de um adiamento para 2026, se nada mais der errado no próximo dia 28 de julho serão iniciadas as atividades da Escola Cívico-Militar “Índia Vanuíre”, que é uma das cem unidades aprovadas para o lançamento do programa no Estado de São Paulo.
As escolas cívico-militares serão implementadas com a colaboração de policiais militares da reserva, que atuarão como monitores e coordenadores dentro da escola, mas não se sabe ainda como e quando será feita a seleção. A função dos militares será apoiar no desenvolvimento de projetos educativos extraclasse e na busca ativa por alunos, além de auxiliar no acolhimento e preparação dos alunos na entrada e saída dos turnos.
De acordo com a Secretaria de Educação, os professores e a equipe pedagógica continuarão a ser responsáveis pela parte pedagógica da escola.  E as escolas seguirão o Currículo Paulista, definido pela Secretaria Estadual de Educação.
O que se sabe também é que os alunos deverão utilizar uniformes militares. A carga horária semanal será de duas horas-aula por turma. E as escolas deverão, sempre que possível, manter o número máximo de 30 alunos por sala.

Regras rígidas
Os alunos da Escola “Índia Vanuíre” já podem começar a se acostumar com as regras rígidas. Para começar, nada de namoro na escola ou nas proximidades, calças “destroyed” (com rasgos), “croppeds” (blusas que mostram a barriga), nem piercings, alargadores, bonés ou cabelos moicanos.
Com base em princípios de disciplina e hierarquia, a Escola “Índia Vanuíre” adotará, logo após as férias de julho, um sistema de pontos que premia comportamentos positivos e penaliza atitudes inadequadas. As diretrizes constam no Regimento Interno Experimental das escolas cívico-militares do Estado de São Paulo, que terá de ser seguido pelos 100 colégios que irão aderir ao modelo neste ano. A implementação ainda está em fase inicial, mas o regimento já começou a ser discutido internamente.
De acordo com o documento, o sistema de pontuação funciona como uma ferramenta de incentivo à boa conduta. Atitudes como zelar pelo patrimônio público, manter a pontualidade, apresentar bom desempenho escolar, participar de atividades extracurriculares e demonstrar respeito aos colegas e profissionais da escola resultam no acréscimo de pontos à ficha individual do aluno.
Por outro lado, comportamentos como desrespeito à hierarquia, uso de linguagem ofensiva, desordem em sala e atrasos frequentes acarretam descontos. Infrações mais graves, como agressões e vandalismo, podem levar a sanções severas, incluindo a transferência disciplinar do estudante.
Os alunos deverão, obrigatoriamente, estar sempre uniformizados e estes uniformes terão o brasão da escola cívico-militar, bem como uma tarjeta contendo o nome do aluno. Há pontuação, inclusive, para quem se apresentar com o uniforme impecavelmente passado.
A cartilha da escola também orienta sobre aspectos da apresentação pessoal. O uso correto do uniforme, a postura respeitosa e a higiene individual são requisitos cobrados diariamente.
O regimento especifica detalhes como o corte de cabelo adequado. Os meninos podem adotar cortes raspados, desenhos, como letras, símbolos, riscos etc., pinturas coloridas, topetes ou corte tipo “moicano”. Não deverão usar bigode, barba ou cavanhaque. Também não será permitido ao estudante fazer desenhos (talhos) nas sobrancelhas para que não alterem sua forma natural por cortes ou riscos que as desconfigurem.
Já as meninas devem manter os cabelos presos, por meio de coque, tranças ou rabo-de-cavalo. A coloração artificial do cabelo deve buscar semelhança com cores naturais ou em tonalidades discretas.
Recomenda-se a não utilização de adereços do estilo do “terêrê”, entre outros. Adereços como brincos, colares, pulseiras, relógios, e anéis são permitidos, contudo e também por questão de segurança, orienta-se que sejam usados de forma discreta.

Proibições
Além das restrições sobre cortes de cabelos e adereços, o regimento deixa claro que não é permitida nenhuma manifestação de namoro ou similar no interior da escola e nas proximidades. Também é proibido se envolver em brigas, tumultos, algazarras e brincadeiras agressivas quando uniformizado, em público ou fazendo uso do transporte escolar ou coletivo.

Bullying 
e cyberbullying
O regimento também considera falta grave qualquer tipo de gestos que intimidem e agridam pessoas tanto verbal quanto fisicamente (bullying), bem como fazer uso de tecnologias da informação e comunicação para dar apoio a comportamentos inadequados, atacar ou difamar estudantes, professores e outros, bem como envolver-se em atos inconvenientes e fazendo apologia a ilegalidades, usando dos mesmos meios envolvendo o nome da unidade escolar (cyberbullying).

Civismo
Todas as regras, conforme a Secretaria Estadual da Educação são uma proposta pedagógica que busca reforçar valores como responsabilidade, civismo e comprometimento.
A gestão da escola é compartilhada entre civis e militares. Os educadores são responsáveis pelo ensino pedagógico, enquanto os militares atuam na organização da rotina disciplinar. Eles não ministram aulas, mas acompanham o comportamento dos alunos e promovem atividades formativas ligadas à cidadania e ao civismo.
Cada estudante terá uma ficha individual de avaliação de conduta, onde serão registrados os pontos positivos e negativos, além de anotações sobre frequência e comportamento. Pais e responsáveis poderão acompanhar esses registros, sendo convidados a participar ativamente da vida escolar dos filhos.

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