A história de Maria Ritta, a jovem que fez do amor próprio sua revolução

Variedades


26/11/2025 - 
Por Samila Machado

A trajetória de Maria Ritta Castilho Cruz, ou simplesmente Maria Ritta com dois tês, é daquelas histórias que começam com um desabafo sincero e acabam virando inspiração para milhares de pessoas. Natural de Tupã, ela tem apenas 23 anos, mas já acumula um currículo de quem viveu muitas vidas: influenciadora digital, fotógrafa, videomaker, assessora artística e futura relações públicas.
Tudo começou com um vídeo gravado em casa, ainda na adolescência, quando Maria Ritta falou abertamente sobre as dores de crescer fora dos padrões estéticos impostos pela sociedade. Chorou, desabafou e, sem imaginar, tocou o coração de milhares de meninas. De mil seguidores, saltou para seis mil em poucas semanas - e dali nasceu uma comunidade inteira de mulheres reais, unidas pela autoestima e pelo amor próprio.
“Eu me sentia à margem da sociedade, mas aprendi com meus pais a me amar do jeito que eu era. Quando falei disso na internet, descobri que eu não estava sozinha”, relembra.
A autenticidade de Maria Ritta começou a movimentar também os empreendedores locais. “O Bicalho Cakes foi o primeiro a acreditar em mim. Ele estava começando e me mandou um brigadeiro para divulgar. Eu postei, vendeu tudo! Aí outro comerciante me procurou, e outro, e outro...”, conta.
Durante a pandemia, enquanto o País inteiro enfrentava incertezas, Maria Ritta transformava suas redes em uma vitrine para o bem: ajudava pequenos negócios de Tupã a conquistarem visibilidade e se manterem vivos. “As pessoas confiavam nas minhas indicações, compravam o que eu mostrava. Eu percebi que isso podia ser mais do que um hobby - era uma profissão”, diz.
Com seu jeito leve e espontâneo, começou a mostrar o dia a dia, falar da vida real, das dificuldades, das conquistas e até das inseguranças. “As pessoas gostavam do meu jeito de lidar com a vida, de continuar feliz mesmo quando as coisas não estavam fáceis. Aí comecei a criar conteúdo, contar histórias, entrar nas trends, e o público só cresceu.”
Enquanto cursava artes cênicas na Universidade Estadual de Londrina (UEL), a pandemia interrompeu os planos e trouxe novos desafios. Seus pais tiveram o trabalho afetado. “Eles sempre me ajudaram, e quando vi que estavam com dificuldade, eu quis fazer algo por eles. Sempre fui trabalhadora, desde os 16 anos. Já vendi bolo, trufa, foto revelada... nunca gostei de depender 100% deles.”
Foi nesse contexto que uma amiga fez um pedido que mudaria tudo. “Ela ia participar de um concurso de beleza online e me pediu para tirar umas fotos dela com o celular. Eu fiz, postamos e as fotos repercutiram muito. Todo mundo queria saber quem tinha tirado!”
Com o incentivo das amigas, decidiu abrir a agenda nos stories e começou a fotografar pessoas da cidade com o iPhone 7 Plus. “No início, fiz de graça para montar portfólio. Tirei fotos de amigos, grávidas, aniversários, de tudo. As pessoas não acreditavam que era tudo pelo celular.”
Em poucos meses, a agenda estava lotada. Com o dinheiro dos ensaios, comprou sua primeira câmera profissional e passou a trabalhar também como videomaker. “A fotografia me salvou em um momento difícil e me fez descobrir outro talento que eu nem sabia que tinha. 
O talento de Maria Ritta logo ultrapassou fronteiras. Suas fotografias começaram a receber comentários internacionais de profissionais da área, impressionados com a sensibilidade e a estética de suas imagens. Em 2022 e 2023, ela recebeu o prêmio Top of Mind Brasil, sendo reconhecida nacionalmente como referência em fotografia de gestantes.
“Esses prêmios foram uma surpresa enorme para mim. Eu só queria registrar momentos de amor e alegria, e acabei sendo reconhecida por isso. Foi uma confirmação de que eu estava no caminho certo”, diz, emocionada.
Mas a estrada de Maria Ritta começou bem antes, com um nome que marcou gerações: Marília Mendonça. Em 2015, fãs começaram a notar a semelhança entre as duas, e o encontro aconteceu na Exapit de Tupã — dali nasceu uma amizade improvável e sincera.
“Ela me chamou de ‘gêma’, uma forma carinhosa de dizer ‘gêmea’.” Eu era só uma fã, mas ela me tratava como amiga. Falava comigo no WhatsApp, respondia no Twitter... era algo mágico”, conta, emocionada.
Depois da morte da cantora, Maria Ritta se reaproximou do universo sertanejo: tornou-se assessora, fotógrafa e videomaker da dupla Júlia & Rafaela, viajando o Brasil em turnê.
Neste ano, o ciclo se completa. A mesma festa onde sua história com Marília começou a recebeu novamente: Maria Ritta foi escolhida pelo Sindicato Rural como Embaixadora da Exapit 2025. “É uma honra voltar pra Tupã com esse título. Essa festa é parte da minha vida desde criança.”
Com admiradores que incluem Maiara (da dupla Maiara & Maraisa) e César Menotti, ela segue firme em seu propósito: inspirar mulheres a acreditarem em si mesmas e criarem suas próprias oportunidades. Entre um show e outro, ainda encontra tempo para cuidar de Fred, seu boi de estimação e estrela das redes sociais, com vídeos que somam milhões de visualizações. “O Fred é meu boi-chorrô. Ele entende tudo o que eu sinto”, brinca.

Hoje, com quase 60 mil seguidores no Instagram, ela compartilha mensagens de autoestima, fé e coragem, sempre reforçando seu propósito: “te ajudo a se olhar com amor”. E resume sua visão de vida assim: “Não esperem o momento perfeito. Criem suas oportunidades através do trabalho, da fé e da coragem. O primeiro passo é nosso - e Deus coloca o chão.”
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