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15/07/2025 - Antes mesmo de fundar o lendário Veteranos Pernas de Pau, em 1971, Seo Takao já era figurinha carimbada no futebol tupãense. Dono da saudosa Loja Kawakami, especializada em calçados - com destaque para os esportivos -, localizada quase na esquina da Avenida Tamoios com a Rua Aimorés, ele não vendia apenas chuteiras e botinas. Vendia também amizade, boa prosa e muitas risadas.
A loja, com suas prateleiras de madeira, cheiro de couro e constante movimentação, logo se tornou reduto de boleiros, curiosos e velhos amigos. Era ali que o futebol começava, muito antes do apito inicial.
Seo Takao tinha o dom de reunir as pessoas. Sempre tinha uma boa história para contar e um jeito acolhedor de receber quem por lá chegasse. A paixão pelo futebol era tão grande que, com o apoio de alguns parceiros de rachão, decidiu fundar um time para chamar de seu: o Veteranos Pernas de Pau de Tupã, criado oficialmente em 1971, ali nos altos da Vila Abarca, naquele campinho que existia anexo ao Tupã Base Ball Club. Assim começava mais um capítulo de sua trajetória boleira, que atravessaria décadas e gerações.
Como disse, ele não fundou o clube sozinho. Contou com a ajuda de amigos de alma e chuteira - parceiros de pelada, do cafezinho matinal naquela famosa padaria da esquina e dos longos papos no balcão da loja, sempre regados a boas histórias. Gente que, como ele, sabia que o futebol se mede menos por troféus e mais por histórias, risos e resenhas.
Minha ligação futebolística com Seo Takao já vai para quase 30 anos de existência, desde a época em que eu apenas frequentava informalmente o Centro de Treinamentos dos Pernas de Pau. E a qual eu ilustro através dessas fotos, que funcionam com uma espécie de marcadores de tempo. Sendo a primeira, tirada no meu primeiro treino oficial nos Pernas de Pau, a segunda apareço sentado ao lado dele, época em que já não batia mais uma bolinha. E na terceira foto, quando da sua homenagem, aparece ao meu lado, e também do amigo Pedrinho Maradona.
No decorrer desse tempo todo, tive o privilégio de jogar muitas vezes ao lado dele - e muitas outras vezes contra também, e daí, sentir na canela, toda potência de suas botinadas.
Mesmo já mais velho, ele mantinha uma força física impressionante. É verdade que a velocidade de antes já não existia, e a passada, mesmo com aquelas pernas longas, estava mais curta... Mas a marra? Ah, essa permanecia intacta.
Por causa dessa dificuldade, preferia atuar pelas pontas do campo, onde havia menos congestionamento e mais chance de tocar na bola. E como reclamava! Quando o passe não vinha redondo ou algum perna-de-pau o ignorava na jogada, ele já soltava:
- "Pô, bicho, assim não dá! Tô sozinho aqui desde o ano passado!"
Mas não era por mal. Ele se cobrava e cobrava os outros, sempre com aquele espírito leve de quem amava estar ali, mesmo sem pegar muito na pelota. Para ele, o campo nunca foi só jogo - era encontro, terapia, palco de amizade.
Hoje em dia, já não tenho mais contato com Seo Takao. Com a idade avançada, ele fechou a loja e foi viver com o filho na linda São Paulo, nossa eterna Terra da Garoa. Já não bate mais bola, mas mantém o mesmo espírito leve e o sorriso fácil.
E foi justamente em um desses dias comuns que ele reapareceu na minha vida.
Dias atrás, num belo sábado pela manhã, eu caminhava distraído pela Rua Aimorés, meio perdido nos meus próprios pensamentos, ao lado de minha "nega véia", quando senti uma mão firme segurar meu braço. Me virei num susto e ouvi aquela voz que eu já conhecia muito bem:
- "E aí, bicho?"
Era ele, Seo Takao.
Ele havia me reconhecido, com aquele mesmo olhar esperto de sempre, apenas mais marcado pelo tempo. O corpo, agora curvado, estava amparado pelo filho, que o conduzia com cuidado pela calçada. A cena dizia tudo: o tempo havia passado, mas a essência seguia intacta. O abraço ainda era forte. O riso, fácil. E a memória, apesar de já muito chicoteada pelo tempo, ainda viva como sempre.
Conversamos por alguns minutos ali mesmo, na calçada. Relembramos rapidamente os bons tempos da bola. Seu filho me informou que estavam na cidade, pois, naquele sábado, haveria um grandioso torneio nas dependências do C.T. dos Pernas de Pau, e o seu pai havia sido convidado a participar - seria o homenageado da ocasião.
Depois desse emocionante e rápido reencontro, nos despedimos naquela informalidade de velhos boleiros, e assim ele foi seguindo, com passos lentos, porém firmes, de mãos dadas com o próprio legado. Sumindo na multidão como quem deixa um rastro.
Porque alguns reencontros não precisam durar - basta acontecer.
BLOG FUTEBOL RAIZ 100
"Minhas divertidas aventuras pelo mundo do futebol de várzea, aquele que amamos chamar de ‘rachão’, ‘arranca toco’, ‘quebra dedo’, e entre tantos
outros apelidos criativos."
Texto: Paulo Cesar - PC
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