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17/06/2025 - Com o Inverno começando na sexta-feira,dia 20, é hora de preparar a pele para enfrentar as baixas temperaturas. A estação mais fria do ano traz mudanças no clima e nos hábitos que impactam diretamente a saúde da pele. Os dias mais secos, o vento gelado, os banhos quentes e prolongados e a diminuição da transpiração contribuem para o ressecamento, a perda da oleosidade natural e o surgimento de sensações desconfortáveis como coceiras, irritações e descamações. Por isso, a atenção com os cuidados deve ser redobrada nesse período.
Um dos erros mais comuns no Inverno é abandonar o uso do filtro solar, sob a falsa impressão de que ele é necessário apenas no Verão ou em dias ensolarados. Na verdade, os raios ultravioletas continuam presentes mesmo quando o céu está nublado, e os raios UVA, que penetram mais profundamente na pele, são predominantes no Inverno. Eles são responsáveis por provocar manchas, envelhecimento precoce, perda de colágeno, rugas e flacidez. Por isso, o protetor solar deve continuar sendo um item obrigatório da rotina de cuidados, aplicado diariamente, inclusive dentro de casa, já que a luz visível de telas e lâmpadas também pode estimular a pigmentação. Hoje em dia, existem opções práticas e modernas, como filtros solares em bastão com cor e pó compacto com proteção FPS 50, que aliam proteção, praticidade e até efeito de maquiagem.
A hidratação é outro ponto essencial. Durante o Inverno, o corpo perde menos água pela transpiração, mas o ressecamento da pele aumenta devido aos banhos quentes e à menor umidade do ar. Isso exige o uso constante de hidratantes corporais, principalmente logo após o banho, quando a pele ainda está úmida e absorve melhor os ativos. É importante dar atenção não apenas ao rosto, mas também a regiões que costumam ser esquecidas, como cotovelos, joelhos, pés e mãos, que tendem a ressecar mais.
O Inverno também é considerado o melhor momento para iniciar tratamentos estéticos e dermatológicos mais profundos, principalmente aqueles que visam o clareamento de manchas ou a renovação da pele, como peelings químicos, uso de ácidos e lasers. A menor incidência solar reduz o risco de sensibilização e manchas pós-procedimento. Mas é fundamental procurar um dermatologista antes de iniciar qualquer tratamento, pois somente o profissional saberá indicar o procedimento mais adequado ao tipo de pele e ao problema apresentado.
As manchas são uma das principais queixas nas clínicas dermatológicas. Elas podem ter diversas causas: exposição solar excessiva, alterações hormonais, predisposição genética, uso de medicamentos, perfumes, cosméticos com ácidos ou até o contato com frutas cítricas sob o sol. Durante a gravidez, por exemplo, ou com o uso de anticoncepcionais, é comum o surgimento de melasmas — manchas acastanhadas, geralmente localizadas no rosto, que pioram com a exposição ao sol. Embora algumas desapareçam com o tempo ou com a suspensão dos hormônios, muitas necessitam de tratamento específico e contínuo.
Há também as chamadas manchas senis, que costumam surgir após os 45 anos em áreas como rosto, mãos e antebraços. Elas são resultado da exposição solar acumulada ao longo da vida e por isso reforçam a importância de criar o hábito do uso de protetor solar desde a infância. Já as sardas, frequentes em pessoas de pele clara e cabelos ruivos, podem escurecer no Verão e clarear no Inverno, sendo mais visíveis em áreas como rosto, braços e pernas. A melhor maneira de evitar seu escurecimento é manter a proteção solar o ano todo.
As manchas brancas, por sua vez, podem ser causadas por uma condição chamada vitiligo ou pelo envelhecimento dos melanócitos — as células que produzem melanina, responsável pela pigmentação da pele. Quando esses melanócitos ficam inativos, surgem manchas brancas, geralmente em áreas como costas, braços e rosto. Embora muitas vezes sejam assintomáticas, essas manchas exigem acompanhamento médico e podem ser amenizadas com tratamento e cuidados com a hidratação e com a temperatura da água do banho.
Outro ponto importante são as pintas, que devem ser observadas com atenção. Elas podem ser congênitas ou adquiridas ao longo da vida, mas qualquer mudança de cor, formato, tamanho ou textura deve ser avaliada por um dermatologista, pois pode indicar risco de câncer de pele. O acompanhamento anual é essencial para o diagnóstico precoce de possíveis lesões malignas.
Vale lembrar que o uso de produtos inadequados, como cosméticos e perfumes com ácidos, bem como o contato com frutas cítricas como limão e laranja sob o sol, pode provocar manchas de contato e até queimaduras. Portanto, é importante ter cuidado com o que se aplica ou manuseia, especialmente em ambientes ao ar livre como praias e piscinas.
Por fim, é fundamental destacar que a automedicação é um risco real. Nem sempre o que funcionou para uma amiga ou apareceu em um vídeo nas redes sociais será eficaz para outra pessoa. Cada pele tem suas características e reage de forma diferente aos ativos. Por isso, ao menor sinal de alteração, o mais seguro e eficaz é buscar orientação profissional.
Com a chegada do Inverno, proteger e cuidar da pele é mais do que uma questão estética: é uma atitude de saúde. Incorporar hábitos simples como usar protetor solar, manter a pele hidratada e fazer acompanhamento dermatológico pode fazer toda a diferença na prevenção de problemas e na manutenção da beleza e da saúde cutânea ao longo de toda a estação — e da vida.