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(*) Adriano de Oliveira
13/10/2025 - Quando o câncer de mama entra na rotina de uma família, a vida parece sair do eixo. Para o adolescente, esse impacto pode ser ainda mais confuso: emoções intensas, perguntas sem resposta e a sensação de que tudo mudou de uma hora para outra.
Construir estrutura emocional nesse contexto não é sobre “ser forte o tempo todo”, e sim sobre desenvolver musculatura interna para sustentar o dia a dia — com medo, esperança, dúvidas e coragem coexistindo.
O ponto de partida é reconhecer o que se sente: tristeza, raiva, culpa, alívio por ter diagnóstico, cansaço. Nomear emoções é um ato de coragem que organiza a mente e cria espaço para decisões mais maduras.
No plano prático, três pilares funcionam como alicerces.
O primeiro pilar é o autocuidado básico para preservar o sono minimamente adequado, alimentação simples e movimento corporal regular que mantêm a energia psicológica.
O segundo vem na constituição de uma rede de confiança para mapear dois ou três adultos de referência, sendo por exemplo um familiar e um amigo na escola, para conversar sem julgamento com objetivo de reduzir a sobrecarga.
Já o terceiro pilar é manter uma rotina mínima que preserve ao adolescente manter horários de estudo, lazer e tarefas simples do dia a dia, afinal a vida continua, independente dos problemas.
Essa tríade não elimina a dor, mas estabiliza a linha de base emocional para que o adolescente possa estar presente com qualidade emocional no acolhimento familiar.
No relacionamento com quem está em tratamento, vale a lógica do “estar com” e não do “resolver por”. Pequenos rituais constroem conexão: acompanhar em uma consulta, preparar um lanche, ver uma série juntos, ouvir músicas antigas, rever fotos.
Perguntas abertas ajudam: “Quer companhia ou prefere descansar?”, “O que te faria bem hoje?”. Quando faltar assunto, afinal a presença silenciosa também é cuidado. E, se surgir vontade de externalizar as suas emoções e chorar, chore juntos, pois isso não é fraqueza e valida o vínculo além de humanizar o processo.
Há ainda um papel estratégico do adolescente na cultura de prevenção da família. O apoio não se limita ao tratamento; ele se estende aos exames preventivos e ao cuidado contínuo.
Incentivar a mãe, tias, avós e mulheres próximas a seguirem as orientações profissionais — consultas regulares, exames de rotina conforme idade e histórico — salva tempo, ansiedade e, muitas vezes, vidas.
Isso pode ser feito de forma prática e respeitosa: ajudar a agendar e lembrar horários (combinando alertas no celular), oferecer companhia no dia do exame, preparar uma logística de carinho como garrafinha de água, lanche, rever os documentos necessários, um casaco, e celebrar cada passo concluído.
Transforme o check-up em rotina e não em evento de pânico para mudar o foco de toda a casa. Para ampliar o impacto, o adolescente pode ser embaixador de informação responsável como checar conteúdos com fontes confiáveis, fugir de mitos da internet das redes sociais e, quando não souber, perguntar ao médico junto da família. Na escola, projetos de vida e feiras de saúde são oportunidade para multiplicar consciência sem exposição excessiva da história familiar.
Agora é fundamental que o adolescente mantenha um espaço para viver suas dores e angústias, pois a carga emocional da possibilidade de uma perda e para o enfrentamento de todos os momentos que envolvem o tratamento.
Nesse momento, a psicoterapia é um aliado poderoso, seja por atendimentos breves, presenciais ou online que oferecem ferramentas para lidar com medo, antecipação de perdas e culpa.
No final de todo processo a presença consistente vence discursos grandiosos, momento em que o adolescente não precisa dar conta de tudo, mas precisa cuidar de si para sustentar o cuidado do outro, com atitudes pequenas e repetidas demonstrando que a esperança é o tronco que se constrói o apoio e cuidado.
(*) Adriano de Oliveira,
psicólogo clínico e neuropsicólogo -
CRP: 06/150383
Instagram: @psicologoadrianodeoliveira
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