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(*) Adriano de Oliveira
07/11/2025 - Pais atentos sabem que TDAH não é um rótulo único, nem tão pouco algo que deva ser ignorado e no espectro do transtorno, dois perfis costumam gerar confusão: o tipo desatento e o hiperativo/impulsivo.
Entender as diferenças não é detalhe semântico, mas sim uma importante alavanca estratégica para decisões de cuidado, rotinas e expectativas realistas dentro de casa e na escola.
O adolescente com TDAH tipo desatento opera como se o cérebro tivesse abas demais abertas e notificações silenciosas. Ele não fica “elétrico”, mas fica distante. Os sinais-chave incluem distração frequente, dificuldade de iniciar tarefas, perder prazos e materiais, esquecer instruções, leitura lenta por falta de foco sustentado e propensão a divagar em reuniões, aulas ou conversas longas.
A entrega é irregular mesmo em temas de alto interesse, ele engaja no cotidiano e a performance cai. Isso costuma ser interpretado como preguiça, quando na verdade há um déficit de atenção sustentada e de gerenciamento executivo.
Já o adolescente com TDAH hiperativo/impulsivo apresenta energia transbordante e baixa inibição, os comportamentos mais visíveis são inquietação motora, fala em excesso, interrupção de conversas, impaciência, dificuldade de esperar a vez e decisões precipitadas.
Em contextos de sala de aula ou família, o adolescente aparece como “ansioso” ou “desobediente”, porém é comum ele agir antes de avaliar consequências. O rendimento escolar oscila não por falta de capacidade, e sim por dificuldade de autorregulação e de calibragem do comportamento ao contexto.
A comparação direta ajuda os pais a mudarem seu olhar fazendo com que o desatento seja aquele que “perde” o fio, como também o hiperativo é aquele que “passa do ponto”, ou seja, um se desconecta e o outro transborda.
Em ambos, há impactos na execução de suas tarefas diárias de planejar, priorizar, monitorar e concluir, além das estratégias de suporte não serem idênticas.
Para o desatento, rotinas visuais, metas pequenas e checagens estruturadas elevam o foco e reduzem o custo cognitivo de começar e para o hiperativo/impulsivo, intervenções que treinam pausa, previsibilidade, descarga física programada e regras claras ajudam a reduzir impulsos.
Uma coisa é certa !!!!!
Sem diagnóstico, a família tende a adotar rótulos que ferem a autoestima: “desorganizado”, “sem força de vontade”, “malcriado”.
O diagnóstico especializado seja clínico, neuropsicológico e, quando indicado, complementar, não serve para encaixotar ou rotular, mas sim serve para orientar.
Ele diferencia TDAH de quadros que parecem semelhantes, como ansiedade, depressão, dificuldades específicas de aprendizagem, distúrbios do sono e hipóteses relacionadas ao uso excessivo de telas.
Também identifica comorbidades, muito comuns na adolescência, que alteram o plano terapêutico e com a avaliação em mãos, as decisões ficam alinhadas como a combinação de psicoeducação, psicoterapia focada em funções executivas, adaptações pedagógicas, manejo ambiental e, quando necessário, medicação; afinal, geram maior bem-estar e desempenho nas atividades diárias como estudo, organização de tarefas,....
No desatento, métricas de sucesso incluem menos esquecimentos, mais tarefas concluídas e melhor organização.
No hiperativo/impulsivo, monitoram-se latência para responder, redução de interrupções e maior tolerância à frustração.
Em ambos, indicadores afetivos como autoconfiança, pertencimento, qualidade de vínculos se elevam a patamares superiores.
Em casa, a família precisa definir o “acordo operacional”, como rotinas visíveis, prazos realistas, checkpoints curtos, reforço positivo contingente a comportamentos-alvo e consequências previsíveis para desvios.
Já nos relacionamentos interpessoais o foco é em criar comunicação assertiva, empática e direta, evitando ironias e sermões longos.
O recado central é simples, pois, diferença não é defeito.
Quando os pais reconhecem o perfil correto de seus filhos por meio de um diagnóstico qualificado, deixam de cobrar o que o adolescente ainda não consegue entregar e passam a desenvolver o que ele pode aprender, resultando em um ciclo virtuoso de menor culpa, maior estratégia de atuação, menos conflito e mais progresso.
(*) Adriano de Oliveira,
psicólogo clínico e neuropsicólogo
- CRP: 06/150383
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