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21/11/2025 - Com uma história de vida inseparável do desenvolvimento da teledramaturgia no Brasil, o ator Ary Fontoura, nascido em Curitiba, capital do Paraná, em 27 de janeiro de 1933, ascende à condição de um verdadeiro patrimônio cultural vivo do País. Sua carreira, que se estende por mais de seis décadas, é um testemunho de dedicação ininterrupta, versatilidade artística e, mais recentemente, de uma notável capacidade de reinvenção na era da comunicação instantânea. Fontoura não é apenas um ator; ele é um cronista dos costumes, um mestre da comédia e um pilar de sustentação do cenário artístico nacional, comemorando a impressionante marca de mais de 50 novelas em seu currículo, quase todas sob a égide da Globo, da qual é contratado desde 1965.
A jornada para a consagração começou longe dos holofotes da televisão, em um ambiente familiar que, inicialmente, não via com bons olhos a vocação artística. Vindo de uma família simples e conservadora, o jovem Ary teve que trilhar um caminho de perseverança para conquistar a aceitação de sua escolha profissional. Seu aprendizado se deu nos palcos do teatro paranaense, onde iniciou sua trajetória na década de 1950. Sua dedicação não demorou a gerar frutos, e ele rapidamente se tornou um nome conhecido no cenário cultural de seu Estado, chegando a atuar como diretor de teledramaturgia na TV Paraná no início dos anos 1960. Contudo, a ambição de expandir seus horizontes o impulsionou para o centro nervoso da produção cultural brasileira, o Rio de Janeiro, para onde se mudou em 1964. A transição foi marcada por dificuldades financeiras e o esforço de se firmar em um mercado altamente competitivo, mas sua experiência prévia e inegável talento garantiram sua entrada triunfal na televisão.
Em 1965, Ary Fontoura iniciou sua longa e frutífera parceria com a TV Globo, que estava então em seus primeiros anos de existência. Ele se recorda de ter acompanhado de perto o processo de crescimento e consolidação da emissora, algo que confere à sua trajetória um valor histórico inestimável. Sua estreia se deu no seriado “Rua da Matriz”, e pouco depois, em 1968, ele integrava o elenco de sua primeira novela, “Passo dos Ventos”. A partir desse momento, Ary se estabeleceu como uma figura essencial, capaz de emprestar sua inteligência cênica a uma infinidade de personagens memoráveis.
A marca de Fontoura na teledramaturgia reside na sua excepcional capacidade de transitar entre gêneros, equilibrando o peso dramático com a leveza da comédia e da caricatura. Ele eternizou tipos que se tornaram referência cultural. Foi o austero dr. Pelópidas Assunção D’Ávila em “Gabriela” (1975), novela de importância capital por ser a primeira a ser exportada para o exterior, abrindo as portas do mundo para a produção brasileira. Sua maestria no gênero fantástico foi evidenciada como o professor Aristóbulo Camargo, o homem que se transformava em lobisomem na aclamada “Saramandaia” (1976). No campo da comédia de costumes, ele brilhou como o avarento Nonô Correia em “Amor com Amor Se Paga” (1984), o prefeito Florindo Abelha (Seu Flô) em “Roque Santeiro” (1985), um marco da teledramaturgia, e o coronel Arthur da Tapitanga em “Tieta” (1989). Já no Século XXI, sua parceria com o autor Walcyr Carrasco resultou em personagens icônicos e altamente populares, como Ludovico Canto e Melo de “Chocolate com Pimenta” (2003) e, mais recentemente, Quinzinho em “Êta Mundo Bom!” (2016) e assumindo o mesmo papel em “Êta Mundo Melhor!”, que está sendo exibida com sucesso no horário das 18 horas da TV Globo. E também teve o Isaías Junqueira Alves, o Zazá em “Morde & Assopra” (2011), demonstrando que seu magnetismo e relevância só se aprofundam com o tempo. Sua 50ª novela, “Fuzuê”, onde interpretou Lampião, apenas reafirmou sua inegociável permanência no prime time da televisão.
Para além da televisão, Fontoura também deixou sua marca no cinema, participando de mais de 20 produções. No entanto, o que distingue o ator na fase atual de sua vida é sua notável renascença digital. Em um movimento de adaptação e conexão com as novas gerações, especialmente estimulado pelo isolamento da pandemia de Covid-19, Ary Fontoura migrou para as redes sociais. Longe de adotar uma postura distante, ele abraçou a tecnologia com entusiasmo e autenticidade. Passou a compartilhar aspectos de seu cotidiano, desde tarefas domésticas até momentos de reflexão bem-humorada, transformando-se em um fenômeno viral e um “influencer” na casa dos noventa anos. Com milhões de seguidores, ele quebrou a barreira etária, provando que a capacidade de comunicar e engajar é uma questão de carisma e verdade, e não de idade. O sucesso nas redes sociais é um complemento orgânico ao seu trabalho na TV, mostrando que a sua arte é viva, dinâmica e capaz de se manifestar em qualquer plataforma.
Ary Fontoura, ao longo de sua vida, viveu e incorporou a máxima de que “o futuro é hoje”. Seu legado é a soma de sua vasta filmografia, sua dedicação ao teatro e, agora, sua atuação pioneira no universo digital. Ele não é apenas um ator que resiste ao tempo, mas um artista que o abraça e o molda, celebrando cada papel e cada interação com o público como uma nova oportunidade. Ary Fontoura segue sendo uma força criativa inesgotável, um mestre que continua a ensinar e encantar gerações.
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