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12/12/2025 - A Globo intensificou de vez sua estratégia para ocupar o território das micro novelas, um formato que já se tornou tendência internacional e que agora ganha força no Brasil. Com produções filmadas na vertical, capítulos curtíssimos e linguagem pensada para o consumo rápido nas redes sociais e no mobile, a empresa assume uma aposta ambiciosa: transformar o formato das novelinhas em um novo pilar de sua dramaturgia, ampliando sua presença junto ao público jovem e hiperconectado, sem abrir mão da tradição que construiu ao longo de décadas.
A entrada oficial nesse universo foi marcada por “Tudo Por Uma Segunda Chance”, primeira novelinha vertical da TV Globo, disponibilizada no TikTok, Instagram, Facebook, X, YouTube e agora também no Globoplay. Com episódios de 2 a 3 minutos, a trama acompanha o drama de Lucas Trajano (Daniel Rangel), vítima de um plano cruel articulado pela vilã Soraia (Jade Picon), que o leva ao coma e coloca sua noiva Paula (Debora Ozório) injustamente na prisão. A narrativa, marcada por reviravoltas rápidas e fortes cargas emocionais, dialoga diretamente com o público que consome conteúdo em ritmo acelerado.
A produção também inaugura um movimento inédito: a integração com a novela das sete, “Dona de Mim”. Personagens da trama assistem e comentam os episódios da novelinha dentro da própria telenovela, criando um cruzamento entre mundos ficcionais e ampliando o alcance digital.
Paralelamente, o Globoplay estreia sua primeira novelinha original: “Cinderela e o Segredo do Pobre Milionário”, protagonizada por Gustavo Mioto e Maya Aniceto. São 50 episódios de até dois minutos, filmados exclusivamente no formato vertical. A história combina romance, humor, melodrama, música e segredos, mostrando a paixão entre Cindy (Maya Aniceto), uma cantora talentosa e mãe solo, e Diego (Gustavo Mioto), um milionário que finge ser músico pobre para conquistar seu coração.
O elenco conta ainda com nomes como Suzy Rêgo, Caio Paduan e Camila Camargo, e a trilha sonora — composta de músicas originais e versões de grandes sucessos sertanejos — torna-se parte essencial da narrativa.
Os sete primeiros episódios serão disponibilizados gratuitamente no Globoplay e nas redes sociais do streaming, reforçando a estratégia de atrair novos públicos para o formato. Os demais capítulos ficam restritos aos assinantes do aplicativo.

Além dos títulos inéditos, o Globoplay prepara um bloco especial de novelinhas derivadas de personagens icônicos, como Bibi Perigosa, de “A Força do Querer”; Ramiro e Kelvin, de “Terra e Paixão”; e Angel, de “Verdades Secretas”. Em breve também chegam ao catálogo novelinhas internacionais de grande alcance, reforçando a tendência global.
Em 2026, a plataforma pretende expandir ainda mais esse pilar, investindo em novos títulos originais, novas parcerias e novas adaptações a partir de personagens já conhecidos do grande público. A ideia é consolidar o formato como uma extensão natural da dramaturgia da Globo, ocupando espaço tanto no streaming quanto nas redes sociais.
A adaptação ao formato vertical exigiu ainda mudanças profundas nos bastidores: a cenografia passou a trabalhar espaços que se comunicam rapidamente com o público; o figurino foi repensado para criar leituras instantâneas; e a direção precisou ajustar enquadramentos, movimentos de câmera e o próprio ritmo de gravação. Cada episódio funciona como uma cápsula narrativa autossuficiente, que precisa apresentar emoção, conflito e estética em poucos segundos.
Com esse movimento, a Globo sinaliza claramente que as novelinhas curtas deixam de ser apenas um experimento e se tornam um eixo central da estratégia de ficção da empresa.

O objetivo é conciliar a força de sua tradição com a rapidez e a fluidez exigidas pelo novo comportamento de consumo — oferecendo histórias envolventes, ágeis e feitas sob medida para quem vive com o celular na mão.