Combustíveis: Etanol apresentou pequeno reajuste nas bombas

Economia


12/04/2024 - Para acompanhar o aumento que a demanda do etanol apresentou no final do mês de março, os postos de combustíveis repassaram o reajuste do combustível aos motoristas. Em Tupã, o aumento no litro do produto foi, em média, de 2,08%.
Segundo levantamento de preços feito pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o litro do etanol, em Tupã, era comercializado, em média, no dia 9 de março, a R$ 3,35. Até o dia 6 de abril, o litro do produto era encontrado nas bombas tupãenses pelo preço médio de R$ 3,42 – um aumento de R$ 0,07 centavos.
Vale lembrar que o preço mais alto do etanol pode ser encontrado nesta semana, em Tupã, a R$ 3,69. Já o preço da gasolina se manteve praticamente estável, apresentando variação de 0,18% nas bombas. 
No dia 9 de março, o preço da gasolina comum, em média, era de R$ 5,48. No dia 6 de abril, o litro do produto custava, em média, R$ 5,49, com máximo de R$ 5,79 em alguns postos da cidade.
Mesmo com o aumento no preço do etanol, para os motoristas que possuem veículos flex ainda compensa abastecer com o biocombustível, já que o seu valor corresponde a 62% do preço da gasolina comum.

Etanol
De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a demanda pelo etanol hidratado cresceu nos últimos meses da safra 2023/24 no Estado de São Paulo, aquecida pela boa vantagem competitiva do biocombustível nas bombas. Apesar disso, os preços médios dos etanóis hidratado e anidro na temporada 2023/24 (de abril/23 a março/24) – encerrada oficialmente no final de março – ainda ficaram abaixo dos registrados nas safras anteriores, em termos reais – ou seja, considerando-se os efeitos da inflação medida pelo IGP-M de março. 
Cálculos realizados pelo Cepea mostram que, de abril/23 a março/24, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado teve média de R$ 2,2397/litro, queda de 17,5% em relação à temporada anterior (2022/23) e de expressivos 30% frente à de 2021/22.
O Cepea explicou que para o anidro (modalidade spot e contratos), a média foi de R$ 2,5630/litro, recuos de 17,2% e de quase 30% em iguais comparativos. “Na temporada 2022/23, as médias tinham sido de R$ 2,7134/litro para o hidratado e de R$ 3,0948/litro para o anidro (em termos reais) e, na safra 2021/22, de respectivos R$ 3,1958/litro e R$ 3,617/litro”, disse.
Gasolina
A defasagem do preço da gasolina vendida no Brasil em relação ao mercado internacional recuou ligeiramente nos últimos dias, mas permanece alta, registrando 16% na média dos principais polos de importação do País, contra os 19% da véspera. 

De acordo com o portal Nova Cana, especializado no setor, o preço vem sendo afetado também pela desvalorização do real frente ao dólar e pode se tornar uma nova dor de cabeça para a Petrobras. “A estatal está há 172 dias sem reajustar a gasolina e, de acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), por 64 dias a janela de importação esteve totalmente fechada”, afirmou.
A Petrobras adotou no maio do ano passado uma nova estratégia para os reajustes dos combustíveis, abandonando a política de paridade de importação (PPI) implantada na gestão de Pedro Parente à frente da estatal, em 2016.
Segundo a companhia, eventuais reajustes obedecem a critérios técnicos e são de responsabilidade da diretoria. Eventualmente, o conselho de administração da empresa pode solicitar explicações sobre a evolução dos preços, o que deve ocorrer na próxima reunião. 
De acordo com o portal Nova Cana, a próxima reunião do conselho será no dia da Assembleia Geral Ordinária da companhia, em 25 de abril, mas nada impede que o órgão solicite uma apresentação extraordinária sobre os preços.

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